sábado, 1 de junho de 2013

Conversa com a Tatiana Vasconcellos



 "Numa avenida qualquer de São Paulo, alguém dá sinal a um táxi"
- Boa noite! tudo bem?
- Tudo ótimo menina, boa noite!
- Vamos pra Augusta?
- Augusta moça? Logo na hora que eu tô indo embora? Ok, vamos pra Augusta. você trabalha na Augusta?
- Não, eu não trabalho na Augusta.
- Vai pra balada então?
- Isso, vou pra balada.
- Mas não é cedo pra ir pra balada, são sete e meia agora?
- É cedo não, sou uma menina direita, ando cedo.
- que caminho o senhor vai fazer?
- vou por dentro dos jardins, pego os atalhos que não tem transito e a gente chega mais rápido, tem alguma preferencia de caminho?
- Tenho sim, o que o senhor fizer que for mais rápido.
- Por favor, senhor não, me tratando assim, pareço ainda mais velho do que o que sou, então, vamos pelo caminho mais rápido.
- Legal esse caminho, nunca tinha vindo por aqui.
- Então, eu não penso apenas em tirar o dinheiro dos clientes, mas oferecer o melhor serviço possível, você vai estravasar hoje né? tá tão entusiasmada aparentemente.
- Ô se vou, trabalho duro a semana inteira como um camelo.
- E camelo trabalha duro?
- O senh... desculpa, você acha que não? os coitados ficam o dia inteiro carregando peso debaixo do sol.
- Realmente, mas eles tão acostumados, no que você trabalha moça?
- Eu sou jornalista.
- Jornalista? legal, e em que jornal...
- eu não trabalho em jornal, trabalho em Rádio.
- Hum! eu conheço você.
- Rá rá, me conhece? de onde?
- Você falouque trabalha em rádio...
- Sim.
- Você já falou meu nome.
- Quando?
- Quando você noticiou que ia ter sorteio de alvará de táxi. Você não é a Tatiana Vasconcelos?
- Rá rá rá, sou eu mesmo, e isso eu noticiei faz tanto tempo.
- eu sei muito sobre você Tatiana, inclusive que você mora na João Lourenço.
- Como você sabe que eu moro na João Lourenço?
- Você falou no ar.
- Misericórdia, eu falei onde eu moro no ar?
- Falou sim, num dia que choveu bastante a noite, e faltou energia na tua rua, só pra você saber, na minha faltou também, rá rá rá.
- Eu falo as coisas no ar, e nem lembro depois.
- Cara! eu sou teu fã, sou mesmo, muito fã teu, do Boechat, do Barão, do Megale.
- O Megale tá em São Paulo.
- É, eu sei, ele veio pra renovar o visto né?
- E da Sheila Magalhães o que você acha?
- Eu adoro a sheila Magalhães, deu certinho o casamento dela com o Barão nas manhãs antes do noticiário nacional.
- mas a Sheila não é casada com o Barão.
- Não tô falando de casamento civil, tô falando de casamento jornalístico, rá rá rá.
- Rá rá rá, eu sei, tô brincando também.
- Mas que eu curto mesmo, é a menina que tá falando agora no intervalo do Jornal da Band.
-Quem tá falando agora no intervalo do Jornal da Band?
- A Carla Bigato, se eu fosse solteiro, ia assediar ela, tenha certeza disso.
-Rá rá rá, a Carla é muito bonita mesmo.
- Eu deveria não comentar isso, mas...
- Comentar o que?
- Sobre uma colega de trabalho tua.
- Quem?
- Poxa! como esqueci o nome dela? aquela do alta frequência.
"Em voz uníssona"
- A Neli Pereira.
- Agora mais não, mas a uns tempos atrás, eu achava ela muito esnobe.
- Esnobe como?
- Do tipo, a radio bandnews, é uma rádio popular, a maioria dos ouvintes, são classe média baixa, que tem um carinho assim, popular como o meu, poucos são os mais ricos, e, ela via falando que morava em Londres, quando eu morava em Londres, eu morei cinco anos em Londres, blá, blá, blá.
- Normal, é o geito de cada um, rádio é bom por isso,você gosta de uns, não gosta de outros.
- eu gosto de você, podia tirar uma foto tua no meu carro,mas...
- tira sim, eu deixo.
... Eu não curto esse barato de tietagem,tira foto com famosos, pedi autógrafos, etc e tal.
- Ah! eu não, outro dia, eu fui pra um festival no Chile...
-O Lula paluza.
... sim, o Lula Paluza, na saída, tinha uma banda que eu curto bastante, eu não me achei, fui até eles, tirei fotos, pedi autógrafo, fui a maior tiete.
- Eu não, não curto isso, mas minha filha... lembra quando vocês foram no mercadão? a gente tava lá, ela tirou foto de vocês no estúdio de vidro. posso ligar pra ela pra falar que você tá no meu carro?
- Liga, liga sim, eu quero falar com ela.
"-Filha? A Nathiele tá aí?"
- Cuidado moço! a augusta é mão dupla.
"Não, tá na casa da Mel".
- Rá rá, mas o farol acabou de fechar, não vem carro no sentido contrário, se tivesse CET, eu seria multado por tá falando no celular.
- É realmente, mas e aí, tua filha não tava em casa?
- ela foi pra casa da prima.
- Ela tá é certa, hoje é sexta feira, e meninas direitas andam cedo.
- Então? outro dia, vi você falando que andou com um taxista, e ele lhe falou que o alvará dele era alugado...
- Eu falei isso no ar? lembro que comentei isso com o Boechat, mas não que tava no ar.
você é mesmo esquecida, rá rá rá. então, eu acho que alugar alvará, é legal, o que não é legal, é pagar num carrinho igual esse nas frotas, 140 reais por dia.
-Você tá falando esses taxis de empresas de aluguel, mas não é proibido alugar alvarás?
- sim, é proibido, mas é justo, por exemplo, o meu é alugado, no começo, trabalhava eu, que sou dono do carro, e o meu colega, que detém o alvará, mas ele sofreu um acidente de moto, e tá numa cadeira de rodas, você acha justo eu trabalhar sozinho, e não dar nada a ele?
- A sim, nesse caso sim, a gente precisa fazer uma reportagem mais clara sobre isso.
- Deixa isso pra lá Tatiana, esquece esse barato. Uma vez, o Boechat me chamou no rádio.
- Ele te chamou no rádio Nextel?
- Sim, um dia que veio um jornalista, do rio, aquele que vem uma vez por mês pra dirigir não sei o que aqui, eu peguei ele no hotel e levei até a band, a gente foi conversando e passei meu número, aí ele deu pro boechat, e, quando eu tava de volta na Tajurás, ele me chamou no rádio.
- O Fulano(esqueci o nome agora), ele é um garotão, gosto muito dele.
- Me pareceu uma pessoa legal.
- O que você acha do Paulo Cabral? agora a gente tá fazendo junto no meio do dia, das onze ás quatorze horas.
eu acho ele muito formal, como você quando tá sozinha, até parece o tempo que você trabalhava na outra emissora.
- É que sozinha, não tem como descontrair, mas o Paulo Cabral é um jornalista, geralmente somos formais mesmo, mas ele é legal.
- mas eu não falei que não gosto dele, pelo contrário, acho ele um grande profissional, fala dos lugares onde morou, sem esnobação, como a outra menina lá.
- você não gosta mesmo da Neli Pereira né.
- Não tenho nada contra, ouço todo dia o horário dela, mas acho muito repetitivo, por exemplo, o meu Brasil com S, as perguntas são sempre as mesmas pros convidados, deveria variar um mínimo possível.
-Mas você gostou de eu tá mais tempo no ar?
- Quem deve não ter gostado é você. tá trabalhando mais, rá rá rá.
- Eu? eu adorei.
- É fica mais tempo no ar, a fama aumenta.
- Isso mesmo.
- Vou só te fazer um comentário recente, sou contra muitas coisas que o Boechat é a favor.
- eu também, temos que ser diferentes, e concordar com o que concordamos.
- Esse lance de trazer médicos de fora pro Brasil, eu sou contra.
- Eu sou a favor.
- eu sou contra, pois se trouxer médicos de fora, a reforma das UBS nunca vai acontecer, como geralmente acontece quando se tem um escape.
- Hoje entrevistamos o Ministro da saúde, e ele falou que a reforma vai acontecer.
- É eu ouvi, mas só acredito vendo, sou igual são Tomé.
- Neto, eu fico no próximo quarteirão, assim que cruzar o farol, eu desço.
- Ok, mas preciso de um favor teu, pode me fazer?
- Se tiver al meu alcance...
- Tá sim, eu escrevo, e tô publicando num blog:
http://netoamparo.blogspot.com.br, leia e deixa um comentário, muita gente yá gostando, inclusive, o Megale me mandou um twitter, dizendo que tava lendo.
- tudo bem, anotei aqui, não vou te garantir que vou ler hoje ou amanhã, mas vou ler sim, quanto deu?-
- R$ 22,70, mas não precisa me pagar não, só o fato de você tá no meu carro, e eu ter você por 32 minutos só pra mim, já é um privilégio, tenho certeza que os outros ouvintes, inclusive o Jansen adoraria ter esse privilégio.
Claro que vou pagar, você tá trabalhando, o fato de eu tá aqui, foi uma deliciosa coincidência, tá aqui, dá um beijo na Nathiele por mim, tchau.
- Tchau querida, felicidades.
"Outras coisas foram conversadas, mas não convinha escrever tudo".